José d’Encarnação alertou para os actos de vandalismo praticados nesta vila no início do ano e frisou que “a Villa Romana da Freiria não pode ser descurada e precisa de novos pólos atractivos de forma ordenada, para que seja valorizada”.
Por este motivo foi elaborado um Plano de Pormenor para a área envolvente da Villa Romana de Freiria que prevê a “criação de redes de água e saneamento, bolsas de estacionamento, novas vias rodoviárias, espaços verdes, um complexo escolar, equipamentos desportivos, zonas de comércio e serviços, um centro interpretativo da zona e um pequeno museu de sítio”.
“Queremos tornar o lugar arquitectonicamente mais bonito e agradável para os visitantes e creio que, com este projecto, a Villa de Freiria tornar-se-á um dos mais importantes vestígios romanos da Península Ibérica”, afirmou o responsável, à margem das jornadas sobre o património de Cascais, que decorrem durante o dia de hoje, em Cascais.
Contudo, o arqueólogo sublinhou que “só no final do ano, depois de ser levado a Assembleia Municipal, é que o projecto poderá ser aprovado e começar a ser desenvolvido na prática”.
Actualmente, na Villa Romana de Freiria, que antigamente seria uma vila agrícola, pode verificar-se a existência de ruínas em bom estado de conservação de termas (mais tarde transformadas em indústria), celeiros, lagares, casas com lareiras e um edifício com pelos menos um andar e que serviria como miradouro.
A assinalar os 20 anos da Associação Cultural de Cascais, José d’Encarnação revelou ainda que o que mais o impressionou foi o crescente aumento do número de pessoas a aderir às iniciativas culturais, defendendo que isso prova um ”crescente interesse pela história e cultura de Cascais”.
“Claro que a autarquia ajudou a projectar as nossas iniciativas culturais, o que permitiu mostrar o nosso trabalho e despertar o interesse nos curiosos”, acrescentou .
José d’Encarnação explicou ainda que a Associação Cultural de Cascais tem vindo a dirigir a sua actividade no domínio do património arqueológico, edificado e imaterial, destacando-se a preocupação em preservar as estações arqueológicas que existiam e a arquitectura do interior do concelho, bem como a divulgação de publicações de textos de poetas populares sobre o património.
Nas jornadas do “Património de Cascais”, que decorrem no Centro Cultural de Cascais foram debatidos temas como “Património vegetal de Cascais”, “Investigação sobre a Pré-história de Cascais” e “O Maravilhoso de Cascais”, entre outros.
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